Nas ruas de Aimorés passam carroças
Passam os trilhos e o trem
E passam meus dias devagar
Vagões de minério. Vagões de mineiro
Voltam sempre vazios (os de minério)
Ou sempre cheios de minério (os de mineiros)
A índia Lorena, hoje estátua na praça
Antes mulher, diz a lenda - linda
Nua se lançou às águas
Muitas águas a do amor; afundou
Despejo meus olhos nas águas do Rio Doce
Antes navegável
Náufrago horizonte a vagar em poucas águas
Mineiro de minério meio sério que sou
De fôlego pesado e coraçao de ferro
Espero nas tardes quentes de 40 graus
O retorno sem trilhos do trem que não volta mais.
Pablio Motta
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